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Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

O boto


(Inspirado numa lenda amazônica)

Eu vi o boto
Boto-cor-de-rosa
Se vivo estou
Homem não sou?
Minha mulher também viu
Viu o boto
O boto-cor-de-rosa.

“Foi boto, sinhá
Foi boto, sinhô
Que veio tentá
E a moça levou”.

Eh, cobra-grande!
Boto formoso!
Moço bonito
De irresistível sedução
Dormes nas profundezas do rio
E quando acordas
Alvoroço no mulherio causas
Se aninhando no leito
Da linda virgem morena.

Ah, cobra-grande!
Eh, boto formoso!
Eh, maldição!
Eu vi o  boto.

 

 

 
 
Poema publicado no "2º Anuário da Nova Poesia Brasileira" - Março de 2016