Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

A guerra e o poeta

Voltei da guerra sem nenhum arranhão
Apenas com a certeza do tempo vivido
Da palavra parida nas margens
Das malhas de sua criação
Voltei da guerra mais firme,
Mais eu, mais próximo do distante
Apenas com a certeza do dever cumprido
Da lição não lida nem compreendida,
Da palavra que como lavra
Deslizou-se em meu verso vencedor.

Voltei da guerra, convicto de que tudo valeu a pena
Quando na estrada da dialogia
Tornei-me mais humano e mais maduro
Porque me expressei, mantive-me em meu
Oceano de sonhos divididos,
E mesmo que o tempo venha chorar seus lamentos
Minha voz foi dita no escorrego
De meu firme fundamento
Aprendi que a vitória está lá dentro de mim,
Silenciosa, potente, criativa, valente
A vitória de ser eu mesmo,
Sem máscaras, nu, pronto, vivo,
Poeta.

(A todos os homens pela passagem de nosso dia, 1º de novembro, a todos os meus amigos homens que fazem parte de meu facebook e a todos os homens que fazem a CBJE ser este grande caminho de sonhos realizados)