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Francisco das Chagas Dias
São Luís / MA

 

A primeira vez que te vi

A primeira vez que te vi..
Senti algo tão próximo e distante
E também algo tão edificante.
A primeira vez que te vi...
Senti de alguma forma
Que seria feliz e infeliz.
A primeira vez que te vi...
Senti o que sempre quis
E até o que nunca concebi.
A primeira vez que te vi...
Senti um futuro ainda mais incerto
E um presente inesquecível em excesso.
A primeira vez que te vi...
Senti a vida incompleta sem ti
E senti tudo o que não deveria senti
De fato, senti-me até sem mim.
A primeira vez que te vi...
Senti o ruir do infalível e do previsível
E o devir da constante ameaça do não e do sim.
A primeira vez que te vi...
Perdi o chão e ganhei afinal emoção em explosão
Perdi o norte e pensei tenho sorte.
A primeira vez que te vi...
Perdi as certezas das poucas coisas que tinha
E ganhei a magia e o desafio da doce imprecisão em relação ao coração.
A primeira vez que te vi...
Senti e perdi a razão de tudo em perfeita sincronização
E nunca mais fui eu mesmo de novo não
E nunca mais fui como era... são.

 

 


Coedição da

 
Poema publicado no "Anuário da Nova Poesia Brasileira - 2015" - Edição Especial - Janeiro de 2015