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Cleverson Camelo Silveira
Luziânia / GO

 

 

Mensagem póstuma

De todos os prazeres restaram os resíduos.
E das flores que mandei, sobraram apenas às do túmulo.
Decrépita imagem de um homem derrotado
Por aquela a quem tanto buscou... em vão!

Maldita perspectiva de um ser vil,
Que sob o sonho da utopia profunda,
Se viu transubstanciado de mutual à amensal.

Apedrejado seja o maldito corpo de espinhos
Que afastas de mim a rosa branca.
Sensação de horror que o olho enfrenta
Diante da fechadura que se emperrou.

Corpo sedento, que nas veias ardentes
Queima a luxúria que atormenta a carne em chamas,
Pois inerte é a mente que sonha no barril voluptuoso
O sonho do prazer ígneo que rasga a carne lasciva.

Maldita perspectiva póstuma.
Será mesmo o fim?
Quem se atreve a continuar?
Cala-te maldito!

Cala-te, pois os vermes já chegaram à mente.
E à alma restam apenas os segredos obscuros
Daquele que da tormenta se livrou,
Por uma única via possível: a morte prematura.

 

 

 

 

 


Coedição da

 
Poema publicado no "Anuário da Nova Poesia Brasileira - 2015" - Edição Especial - Janeiro de 2015