Júnia Paixão
Carmo da Mata / MG

Blackout

Esse nó na garganta...
Essa angústia infinita...
Essa fúria contida...
Olhos vendados
Desesperança!
Há momentos que a vida nubla
Aguaceiro anunciado
E tudo que esperamos
É a tempestade ruidosa e fria.
Há instantes que a luz se apaga
Blackout total da alegria
E tudo que desejamos
É que o mau tempo se afaste.
Desgaste, desbaste, se arraste
Pro beco sombrio e lúgubre
Da curva cinza encefálica
Do poço que nunca finda!