Lucivalter Almeida dos Santos
Nazaré / BA

A dor

A dor...
Surge repentinamente;
Deixa um mal estar incontrolável,
Mexe com a estrutura da gente.

Não avisa quando vai chegar,
É imprevisível a sua presença.
Às vezes resolve ser rápida;
Mas quando quer, insiste na permanência.

Tem horas que vem por uma mágoa;
Criando raiz de amargura.
Tentando justificar uma causa,
Que se houvesse perdão,
Seria o remédio para a cura.

Tem hora que a decepção é grande;
Quando somos surpreendidos por quem não esperávamos.
É uma dor que corrói lá no âmago;
Que mostra o quanto somos vulneráveis.

Também com a perda de um ente querido,
Que a morte, “aparentemente”,
Estava fora de cogitação.
Desta aí, ninguém está isento;
Mas é Deus que tem a consolação.

Nesta vida os motivos são inúmeros,
Que nos levam a viver,
Este dito momento sofredor.
Mas chegará o dia (Deus promete e eu creio),
Que certamente cessará toda a dor!

!