Adalberto Paulo Nascimento da Silva
Belford Roxo / RJ
Ao amigo "Boi velho"
Lembra-te quando estendeu a mão,
Aquele menino que dormia no banco daquela praça?
Talvez você não imaginasse que ele seria seu eterno
devedor
E admirador.
Anos se passaram...
Rios correram...
E a distancia física tornou-se um muro intransponível
entre nós dois,
Todavia, aqui dentro no âmago do peito, ainda te sinto como
antes.
Ainda é-me abrasador o toque de tuas mãos.
A aspereza de tua barba não sai de minhas lembranças.
Você foi um pai para mim,
Antes de ter sido um amigo e um irmão...
Imagino hoje como deves estar,
Se já te cresceram alguns fios de cabelos brancos,
Se ainda te assentas a jogar cartas com os amigos,
Ou se ainda perambulas pelas ruas atrás de quem possa ser
ajudado.
Obrigado, é um adjetivo ínfimo,
Diante de tua tal nobreza.
Sinto que eu irei terminar estas linhas sem ter uma palavra
Para expressar minha gratidão, meu apreço e o meu
amor por ti.
Agora vai, te assenta à mesa com os amigos a jogar cartas...
Enquanto teço estes pequenos versos,
Que falam de ternura, amizade e saudade...
Eu serei o eterno menino no banco da praça,
E você a eterna mão estendida.
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