Eduardo Luiz Silveira
Itapevi / SP

Desventura

Minha dor, minha lamentação,
Minha lágrima, minha aflição,
Minha tristeza e agonia!
Minha vida sem paz interior,
Meu tédio, meu dissabor,
Longe de mim a alegria!

Meu caminho tão atribulado,
Tão carente e desafortunado,
Tão amargurado e infeliz!
Sem sonhos realizados,
Sem objetivos alcançados,
Sem a vida que eu quis!

Pensar que tudo mudará
Que o impossível acontecerá,
Esquecer o mal que passou?
Ter fé, otimismo, esperança,
Ter em mim a autoconfiança
E acreditar no que sou?

Assim vou vivendo minha vida
Severa, atribulada e sofrida,
Eis a minha sina de viver!
Talvez o tempo me dirá,
Meu coração um dia saberá
A razão do meu sofrer...