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Fernando Jorge de Araujo Aguiar
Recife / PE

 

A morte do déspota

Atravessas o tempo
e as transformações,
no eterno vento
do vendaval do poder.
E vens destroçando,
e arrebatando com
força sem fim.
A terra é toda tua
e todos são teus.
Vais e vêm, crias e matas,
ordenando e maquinando,
numa inquebrantável confraria.
Tudo em tua função,
o hoje te pertence,
o amanhã te convém.
Nada te falta
porque tudo tens.
És o senhor e a senhora
duma cria sem fim.
Já caminhas capenga
de tanto te nutrires.
E aqueles que estão
sob teu poder,
ninguém te enfrenta
de tanto temer.
Mais o tempo há de acordar
na mente do povo,
como acorda uma estrela
de imenso fulgor.
Uma conspiração
Será planejada.
E outra bandeira
Será levantada,
e a morte do déspota
anunciada.

 


   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 114 - Julho de 2014