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Márcia Allevato de Farias
Niterói / RJ

 

Molduras


Distraidamente olhar e ver a floresta
Perceber a copa das arvores platinadas
Orvalhadas pelo cair da tarde fulgural
Cingidas pela névoa cândida outonal

São as molduras da face experiente
De natureza bela, séria e enfeitiçadora
Por medos e tristezas de ser tudo ou nada
No revés que é o viés de padecimentos e mágoas

Ouvir a contrapelo o murmúrio dos ventos
Falar de abandono, aspereza, desprezo e medos
Destilar no purgatório algumas nuas meias verdades
Soprar fina névoa e desfazer os dias de tuas contrariedades

A lira desse encanto toca alvuras da cor do céu
Fazer e atrair seduções desveladas do intenso véu
Brilhar a cativar com doçuras e suavidades reveladas
Lampejar desejos sobre a pele dia e noite derramadas

Ah! A beleza da floresta branquiada é envolvente
Sussurram sortilégios ao toque no corpo das folhagens
Paraíso de audácias que brotam graciosas e exuberantes
Desfiadas no fio que tece a simetria de um lindo diamante.


 


   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 114 - Julho de 2014