Raimundo Senzala
Aracaju / SE

Será que tu existes?

Como é bom saber que as aves de canto e encanto raro
Sorriem te ofertando melodias ao te veres passar
Pelas ruas e alamedas do meu olhar.
Como é bom te ver andares nos teus passos sublimes.
Melhor saber, que pisas chãos de estrelas cintilantes
Parecendo que o céu quer te ofertar
Tapetes para voar e te encantares sobre tudo o que existe;
Enquanto isto, a natureza, soberbamente aplaude
A elegância de teus firmes passos.
Como um Apolo, ou um Narciso.
Tu és como um Deus menino que me enternece.
Mais espetacular em ti também,
Talvez sejam as contas preciosas de teus olhos quase cor das verdes matas
Oras acastanhados, acompanhados da tua origem cabocla.
Eu te vejo: Arariboiia, Capuã, Sultão, Serigy: grandes Caciques.
Certamente, Odé das matas virgens deste imenso Brasil
Como se estivesses a abraçar as causas sublimes
De tudo o que emana amor, justiça, carinho e devoção.
Por isso eu me ponho a perguntar: Será que tu existes?