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Neide Araújo Castilho Teno
Dourados / MS

 

Uma vez filho, sempre filho

Por que Deus permite
que os filhos cresçam?
Uns partem tão novinhos e nos abandonam,
Outros não chegam nem a nascer.
Não entendo por que filhos vão-se embora.
Outros casam, moram longe e fogem do nosso alcance.

Muitos filhos não têm limites,
Fazem da vida jogo de brinquedo.
Escondem de si mesmo as verdades,
Fingem que a vida é boa.
A tempestade chega,
O vento sopra forte,
A chuva arrasta os sentimentos,
E a vida torna água suja, pele enrugada, ar sufocante.

Filho não morre nunca,
Nunca deixa de ser filho mesmo na lama,
Mesmo nas drogas,
Mesmo nos vícios maléficos,
Mesmo longe,
Mesmo fora do País de origem.

Se mãe fosse rainha do mundo,
Tivesse o poder de construir leis,
Baixaria a maior de todas elas,
Uma que nunca permitiria que um filho,
Deixasse de ser pequenino,
Deixasse o colo da mãe um dia,
Porque só no colo filho não causa tristezas.

 

 

 

   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 120 - Janeiro de 2015