Eduardo dos Reis Brito
Taciba / SP

Epílogo

Fecho os olhos para enxergar
Mastigar minha alma partida.
Na escuridão me ponho a vagar
Relembrando  nós dois, minha vida!

Vieste, luz do luar.
Um sol a brilhar em meu peito
Desregulado  no  seu suspirar
Mas  equilibrado contigo no leito.

Mas o desgaste em nossa carícia,
Consumiu-nos  de forma bem lenta,
Transformando no que era delícia
Na calmaria de nossa tormenta

Sumiste assim como veio
Fiquei no vazio mais profundo
Sofri de dor e receio
Meu ser  não era meu mundo

Sem  o eco de seu sorriso
O cheiro de seu olhar,
Sua pele, meu paraíso
E sua voz a me abraçar

Tormentas na calmaria
Que jamais vou esquecer
Mas juro que espero o dia
Tornar este sol me aquecer