Primeira vez neste site? Então
[clique aqui]
para conhecer um pouco da CBJE
Antologias: atendimento@camarabrasileira.com
Produção de livros: cbje@globo.com
Contato por telefone
Antologias:
(21) 3393 2163
Produção de livros:
(21) 3547 2163
(21) 3186 7547

Sandra Berg
Belém / PA

 

Meu menino, meu povo

Hoje lá na avenida
O meu menino vai pintando o sete.
Eu acredito na vida quando olho pra esse guri,
Meu coração acelera me acode uma força uma coisa tiete
Ele é forte ele é fera!
Se o vejo contente também fico, e olho de frente e sigo firme.
Meu menino a cada passo que ele dá
Vai construindo sua história letra em letra
Ombro a ombro, braço a braço,
Está com tudo e não tá prosa
Eu confio no seu taco.
Não duvide que ele se espelhe em cara limpa
De gente honrada e trabalhadora que sabe encarar o batente.
Agora e sempre o povo faz seu carnaval
Contradizendo o desamor, a falta de decência
Dos colarinhos brancos
Que não representam os valores da nação.
Sem noção disseminou na sociedade que o finório é institucional
E ser honesto é coisa de otário, vejam, só!
Esses ditos não representam o caráter do povo sofrido
Que nega o que está errado com seu brio sua dignidade
E tem ira no combate para mudar esse refrão.
Eu acredito num mundo melhor pro meu menino
Pra todo mundo, e todos juntos vencermos o tubarão.
Mas, quero ver até onde vai esse meu garoto, moleque
No jeito de brincar, ser irreverente,
Beleza e teor da nossa gente,
Fazendo arte, jogando pelada, indo à escola,
Cuidando da vida sem perder a bola
Em sua determinação de ser livre e feliz..

 

   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 123 - Abril de 2015