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Sonia Cristina Almeida
Tatuí / SP

 

Oásis

O sol está quente, as dunas que mal vejo são imaginárias.
O oásis do meu coração secou...
As ondas do meu sangue se agitam e gritam por socorro...
Mas, só o eco dos meus gritos me assiste...
Já não ando, esperneio, num devaneio sem par....
Uma pedra me acorda, sangrando meus calos,
Que eram tão raros...
O sol já é meu inimigo, que não posso ver mais ao meu lado...
Quero água, e nada mais importa, do que essa água que procuro...
Nesta solidão, neste calvário...
Oásis! Te imploro...
Só o azul deste céu solitário me conforta...
Como joia mais cara e mais rara...
Meus poros já não vertem, como riacho esperançoso...
Que em mim corria e transbordava...
Longe do mar não estou, vejo gaivotas livres e alegres...
Vejo só azul, azul... azul...
A pena de uma gaivota cai sobre mim...
Diz ela: O amor existe sim...
Uma esperança brota no meu coração...
DO céu cai uma gota d’agua, e depois outra... e outras...
E, então, a chuva abençoada...!
Um milagre em minha vida, eu, um ser tão solitário...
Encontrei a água de que precisava...
E olhando para o céu azul, e para as gaivotas...
Disse: A esperança é a última que morre!
E o amor e a esperança existem sim!
Continuei meu caminho, feliz...
Admirando a mãe natureza...
E a infinita beleza, do oásis que existe em mim...

 

   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 124 - Maio de 2015