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Thiane Silveira de Ávila
Gravataí / RS

 

Escravidão da liberdade

Por achardes um fado a indolência do escrever
Talvez por um escarro a nascença o faça desmerecer
Com altitude letrada nos faz perceber a ignota insensata que a letra faz florescer

De antagonismos imundos o sôfrego se põe à aurora
Cantarolando o distúrbio de ser escravo das horas
Enternecendo na poesia a liberdade de amar, fantasiando um motivo para onde possa voltar

Assustado com o porvir sem qualquer restrição
O poeta sobre a mesa transforma uma vida em canção
Narrando aos berros um silêncio estridente, caçoando mentiras em berlindas reticentes

Ama-se o livre porvir pela moléstia de não poder falar
Encontrando os versos a melodia que faz discrepar
Andarilhando por ruas de comprovada subversão, apontando à noite seu revés da promanação

De desamores desabrocha-se o ímpeto de criar
Fantasiando motivos para ter algo a desrespeitar
Tantos patronos já subjugaram a ataraxia parasita, rondando caminhos a quem pudesse fazer da regra uma eloquência desdita da escrita

Colecionando poesia, encontra-se a verdadeira prisão
Alguém que se entrega ao vício submetido à unção
Procriando em descriações neologismos que libertam a alma, acariciando ruídos que se esfacelam em simples sequência de palavras.

 

 

 

 

   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 124 - Maio de 2015