Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR
A beleza, na doma do pincel
Ah!, quem me dera, ter o dote
De expressar ternura, simplicidade
Retratar imortalizar, o carreiro,
Para mim, uma alameda florida.
Ele conduzia-me ao coqueiro
Onde coquinhos, doces como o mel,
Delicias, da minha infância.
Se soubesse eu colorir,
A bica da água, límpida
E, ao olhar, com maestria,
Poder ouvir ao longe o tropel
Do rolar das gotículas, a sinfonia
A beleza, na doma do pincel.
Orquestrar a própria música
Em diferentes nuanças de luz
Ainda soam como dádiva
Ao voltar e sentir o passou.
Relembro as brincadeiras de criança
De um interior brasileiro, abundancia de magia.
Quisera eu, continuar Almeida Júnior
Pois, gênios, não morrem
Nas obras, apenas se escondem.
Assim como eu, trago nos sonhos
De outrora riachos, pássaros, paisagens
Sempre coloridos, presentes na memória.
Percebo as tranças, no balançar do vento
Amarradas por um tope de fita vermelha.
Quadros da minha infância seriam eles, lindos!
Como os do genial paulista, nascido em 8 de maio
De presente, o Poeta das Cores.
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