Luiz Eduardo Martins de Oliveira
Rio de Janeiro / RJ

Soneto a Deus

Indo de corpo em corpo, durante milênios,
tropeçando e obtendo a graça e a piedade.
Viu-me buscá-lo como sói buscam os gênios
e perdoar os meus males e com piedade.

Viu as chagas que em mim sangravam,
dos meus olhos aguados sentiu minha dor.
Viu os pecados da carne que me marcavam...
Certamente, viu em mim algum carisma ou valor.

Ó! Deus! que teu conforto foi o meu pasto!
Se no momento que eu agi como nefasto,
foi sob o teu manto que eu faleci para o mundo.

Em renovar o que eu vivera e secara,
em dedicar à vida o que então eu sonhara
além de homem, sou-lhe honesto e profundo.