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Elizabeth Maria Chemin Bodanese
Pato Branco / PR

 

Realidade nua e crua

 

Senhor meu Deus,
Como pode a impunidade continuar?
Nossas crianças nem no parque poder brincar!
Traumas psicológicos povoam as mentes infantis.
Bandidos assaltantes roubam, matam,
E se vão para a cadeia lá têm todos os direitos,
E fazem valer o que querem, são poderosos sujeitos.
Que país é este, meus senhores, governadores?
Desde muito tempo vejo todos os dias agonia,
Medo e inconformismo, clamor por segurança.
Será que é preciso ir embora dessa nação?
Para que estudar, trabalhar, ser honesto?
Hoje, mais uma vez eu pude sentir
Como estamos sozinhos nesse país!
Você trabalha e trabalha...
Quando consegue comprar um bem,
O ladrão vem e leva tudo o que você tem.
E você corre pedir ajuda,
Mas quem deveria acudir não consegue,
Pois o mal está mais forte nesse país sem Norte.
Senhor meu Deus, por que tanto horror nessa nação?
Vivemos uma época de tempestade na sociedade,
Época de desonestidade...
Como podem sonhar os nossos jovens
Se a todo o momento precisam estar atentos,
Apavorados e vivendo tormentos?
Senhor meu Deus, que tragédia maior não virá
Se neste país a violência continuar!
Tomara, que nessa nação
Não ocorra justiça com as próprias mãos.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 128 - Setembro de 2015