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Débora Assis Pontes dos Santos
Caratinga / MG

 

O que me consome

 

Eu poetisa, sou consumida por uma dor doentia;
Pelo que virá, ou fantasias ora vividas.
Em meus ombros o fardo tenebroso de abrir o coração;
Seja em forma de verso, prosa ou canção.

Desejo abraçar o mundo;
Falar de coisa que nem sei o que são.
De dores amorosas, saudades calorosas e recordação.
Me exponho e pré-suponho um futuro trágico; Jogos com rimas,
Como se fosse a minha vida, cartas de baralho.

Eu poetisa sou solitária; Pouco amada, quiçá amargurada.
Minh’alma desabafa, entre livros, papéis e traças,
A penúria de meu ser.

Eu poetisa sou sofredora;
Causo em mim mesma a dor, para engrandecer meus versos.
Parecendo tudo isso muito complexo, minha essência é cheia de beleza.
Carrego a inspiração, que move meu coração,
A cada dia que amanheça.

Apaixonada e louca; Insana e normal.
Impura e nobre.
Eu poetisa sou feita do que mais me corrói.
Sou feita de poesia, harmonia e emoção;
Sou apenas poetisa, não domino a poesia,
Ela em mim se enlaça e em mim se cria
.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 128 - Setembro de 2015