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Sonia de Fátima Machado da Silva
Coromandel / MG

 

Versos à Lua

 

Ei-la, pálida e bela — também fria — a Lua.
Sob o suavíssimo céu de inverno ela flutua.
Uma ilusão esplêndida para um trovador
que, de pálpebra cerrada, cria versos sem hora.
E quando ela vai seguindo rumo à aurora,
os versos se transformam em canção de amor.

Ah! Canção essa que pela noite quara
como a luz da Lua em alguma taquara!
Canção dedilhada — bem sei — que de mim fala;
ou desse amor que em nós nasceu tão seguro!
Oh! Lu a ouça... Ouça essas notas de amor tão puro!
Ouça essa canção que pela imensidão resvala.

Mas não te enciúmes não, ó, Lua, portanto...
Pois o amor do trovador é também teu, garanto...
Enquanto te resvalas— assim aveludada— lhe basta
esse olhar que lhe envolve feito um manto branco.
E a ti, ó lua, resta oferecer o teu iluminado flanco
aos versos amorosos do trovador — insana ou casta...

 


 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 128 - Setembro de 2015