Sandra Berg
Belém / PA

Ecos de um rio

Esse rio que sufoco é uma noite
É um eco de voz a morrer
É caminho sem praia e sem mar
A saudade que resta esquecer

Esse rio reprimido, latente,
É o ente que habita em meu ser
É a paz do consolo que invento
Que me afasta da dor de morrer

É rumor de antigo sentimento
Esse pranto represado em mim,
Porém, se rio, todo o rio liberto
Nessas águas que manam sem fim

É beleza colhida das lágrimas
É corrente de doce escorrer
É recanto é lugar onde moro
É o soro que me falta viver