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Elisa Riffel Pacheco
Porto Alegre / RS

 

O guardinha de trânsito

 

O guardinha de trânsito apita, apita e do outro lado da rua
Atravessa uma mulher bonita!
Um menino grita: jornal, jornal!
Abriu o sinal, os carros passam e outros param na sinaleira e o guardinha?
Apita, apita e o trânsito está uma montoeira... 
Que zoeira! Todo mundo xinga, todo mundo grita!
Os carros estão parados e o trânsito?
Todo congestionado!
Pedestres caminham para todos os lados!
Enquanto uns passam até no sinal vermelho
Uma senhora arruma o retrovisor e empurra o espelho!
Um passante vende bergamotas, enquanto um outro
Motorista fica de lorotas no celular!
Um ciclista cai e machuca o joelho!
O guardinha apita, apita, todo mundo quer passar
Desce um, descem dois, três passageiros do ônibus, 
Alguém no táxi quer entrar!
Um guri vem e pede uma moeda, uma esmola
Mas o motorista fecha o vidro, arranca o carro e vai embora!
E o guardinha quase maluco descansa um pouco, bebe uma água,
Compra um suco e aponta para todos os lados
Enquanto ele apita, apita uma criança
Imita seus gestos dentro de uma lotação!
Passam correndo em alta velocidade uma ambulância com uma sirene ligada
E um camburão que quase dão uma fechada
Num motoqueiro que passa de raspão
Entre os carros e um caminhão!
Sinal verde: podem passar... Uma gurizada tenta fazer racha
E ultrapassar... 
Mas cuidado, o guardinha de trânsito pode te multar!

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Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 128 - Setembro de 2015