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Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG

 

Neruda e Castro Alves

 

Vieram ao mundo em séculos diferenciados
Mas...  este espaço temporal
Não impediu ao grande Neruda
se “aproximar” de nosso poeta imortal.

Seus berços foram separados por um véu divino
Que ondeia com  sopro de vento gélido
O incomparável relevo Andino.

Lá... no sopé da cordilheira o vento brando a beira mar
Cochichou aos ouvidos de Neruda

As profundas e belas composições poéticas
que não só sua amada Matilde a elas se curvou.
Mas a literatura se envaideceu em ver um filho seu,
despejar os versos mais belos e tristes.
Foi por Matilde Urrutia, que seu coração jorrou tudo que sentia.

Aqui... o baiano Castro Alves, jovem altivo e elegante
Também teve sua “Matilde”... a portuguesa Maria Eugênia,
Que não fora apenas sua amante.

A paixão por Eugênia não tocou apenas seu coração
Ela fecundou sua mente, trazendo ao poeta duas vertentes,
 a lírico-amorosa... e a revolucionária.

Que mesmo em curto espaço de tempo vivido
Aos negros escravos... não fechou olhos nem ouvidos
Como “Cantor dos escravos” teve sua coroação
Por sua incansável luta pela abolição.

Em “Canto Geral”, Neruda espelha gratidão ao bardo do “sertão”,
por sua ferrenha luta aos  que se encontravam atados e servil.
Escrevendo em sua homenagem o poema...  “Castro Alves do Brasil”.

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 136 - Maio de 2016