Márcia Ayres Dugo
São Bernardo do Campo / SP
Onde mora o perdão
Ouvimos falar em perdão desde muito cedo...
O que ninguém nos ensina é como,
Quando a alma já cansada?
Perdoe que terás paz!
Perdoar enobrece
E não carece seguir com carga tão pesada...
“Tá bom”, mas quem, cansado de doer consegue
olhar,
Como se nada mais, além do amor, habitasse este encontro?
O encontro do perdão com o perdoado...
Um belo dia encontrei-me em uma situação inusitada,
Deparei-me com o perdão, como se não fizesse parte
de mim,
Ou melhor, como se eu perdoasse, independente da minha vontade...
Frente a frente com o algoz de situações, que pra
mim já definidas como imperdoáveis...
Simplesmente não mais habitava meus sentimentos, qualquer
um que não fosse o amor...
E daí, refletindo sobre “esta coisa tão boa”,
que sempre ouvi dizer,
A leveza do “perdão”,
Pensei: “Puxa, acho que encontrei tua morada”...
Lá, bem lá,
Entre o amor e o desamor, exatamente neste espaço...
E é quando isto acontece que conseguimos construir uma
ponte ali
E o perdão e o desamor se transformam em amor,
Que nos transforma, aquece, tornando nossa caminhada por aqui
Com muito mais sentido...
Amplia nossa visão e tudo em nós respira a sensação
de
Missão cumprida...
O caminho só pode ser este,
Afinal, quando perdoamos, muito mais do que aliviar o outro, de
uma carga desnecessária,
É a nos que damos a chance de preencher este espaço
com algo que nos torne muito melhor...
Dentro e fora...
De dia e de noite...
Na alegria e na tristeza...
Dual?
UNO!
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