Rubens Alves Ferreira
Taguatinga / DF

2014

Sob o côncavo azul
Contemplo expectativas;
Desconfiado e temeroso
Observo transeuntes:
Absortos virtuais
Ou, no desvairamento coletivo.
O cantinho onde penso... não existe.
Minha ânsia aguarda o acaso
Guarda gritos, risos e resiste:

Exorcizando o ocaso.

O tempo quebra pedaços
Onde entre espaços nada cola...
Algo se desmancha desvairado.

Crianças choram... e sem graça
Acho graça no inesperado
Que imanado de olor cáustico
Transpira... desorientado.
Vejo festa; e, lágrimas
Verde-amarelas.
Há uma conexão tempo/espaço
Finita, mas inalcançável.
Ai de você! que exala tamanha tristeza.