Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR

Cantar, eterna magia

Cantar, com a Irmã Cotovia
Em Assis, fez o poeta,
Louvando, o chegar do Sol.
Romeu e Julieta ao ouvir
À noite, em êxtase, o Rouxinol,
A simbiose, o Cantar, o Amar
O Uirapuru, seresteiro do sertão
Todo encanto, a mais bela canção.

Do Norte ao Sul, cantar
As modinhas do meu Brasil.
No Paraíso, cor de anil.
Ouvir do sabiá, a melodia.
O encanto das caturritas, ao entardecer
Nos Pampas, imitar o Quero-quero.
Com alegria, saber cantarolar.
Com a amada dançar
Com a viola, apaixonado cancioneiro
A cantiga amorosa, entoar.
Nas madrugadas, despertar
Com o canto do Galo.
O canário, escutar,
Anunciando o amanhecer.
Ao som do acordeão, belas cantorias
Para o descanso das lidas,
Com toda alegria, entoadas.
Sem esquecer, a cantiga de ninar
Na rede, embalar, a criança
No sabor, o murmúrio da brisa
Com a vida, fazer uma aliança
Cantar, ser poetisa.