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Fernando de Castro Dutra
Brasília / DF

A morte do poeta

O poeta que havia em mim
Morreu, tão somente, naquela noite
Em que roubaste, para sempre, meu coração.
Pois foi assim, de súbito,
Que o que era para mostrar ao mundo
Guardei somente para mim,
Escondido bem lá dentro,
Em meu peito.
E, amando-te, entreguei-me a ti,
De corpo e alma,
Lançando-me, arrebatadoramente,
Em teus braços.
Amei-te,
De maneira intensa,
Na ternura de meus versos,
Fazendo de tua dor a minha própria,
Porque tuas lágrimas eram sangue
Para minha angústia.
Amando-te, anulei-me por completo,
Pois entregaria minha vida,
Para que arrancasse de ti
A tristeza da morte.
Por isso, calei-me...
Calei minha voz ao mundo,
Assim como calei meus versos,
Porque no dia em que partiste,
Deixou de existir também o poeta,
Sepultado em um coração deveras triste.

 

 


 

 

 
Poema publicado no livro "100 Grandes Poetas Brasileiros" - Edição Especial - Maio de 2015