José Faria Nunes
Caçu / GO
Ela, a rainha dos tempos
Personagem de todos os tempos: da Eva do Gêneses
aos longínquos tempos que hão de vir. Eis a mulher
a preencher lacunas do vazio do mundo de Adão
e de tantos outros mundos.
Desimporta aqui saber se fruto da criação ou da evolução,
se nada se cria e nem se tudo se acaba,
importa, sim, que a ela coube e cabe o perenizar da vida
o transformar dos tempos idos ou a advir.
O ontem, o hoje e o amanhã têm no âmago a presença
do feminino das espécies, ainda que a incompreensão
de tantos tente aniquilar-lhe o brilho
a luz da mulher a tudo transcende.
Mãe, filha, companheira no lar, na escola, na empresa
ela colore a vida, inspira poemas, ação e reação
na medida em que conveniente perceber
na rotação e translação dos tempos.
Da choupana nos descampados aos palacetes
das metrópoles, da humildade mais humilde
de uma cozinha de alguma vila à sofisticação palaciana
não se ignora a presença da mulher.
Ainda que nem todas elas sejam sujeitas do sonho idealizado
e por razões que fogem ao alcance desta reflexão,
de sobra se pode dizer que inexistiria o homem e o mundo
sem o milagre do “ser mulher”.
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