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Elizabeth Maria Chemin Bodanese
Pato Branco / PR

 

Anjos da Guerra

O dia era de sol dourado...
A menina Amália Clementina
Ao lado do trigo cacheado
Caminhava com a amiguinha
Quando ouviu o inesperado!
A guerra mais letal da história da humanidade
Havia chegado ao campo e à cidade.
O terror dos disparos das metralhadoras
As crianças desesperadamente fez correr.
Amália resvalou e caiu em um buraco.
Quando o silêncio se fez, ao dali sair,
Uma imagem triste foi inevitável assistir!
Era a amiguinha banhada de sangue
Caída na terra poeirenta, nos talos do trigo torcido.
Que triste! Mais uma criança havia morrido!
Enquanto isso, não distante do lugar,
Liesel, a sacudidora de palavras,
E Anne, do diário mais impressionante,
Lamentavam com pesar a guerra infame
Governada por homens ditadores
Escondidos atrás de escrivaninhas
Munidos de palavras com aparência de seda
Mas que na essência não passavam de teias,
Teias do terror, do sangue, da fome e da dor. (...)
O dia era de sol dourado...
A menina Amália Clementina
Caminhava com a amiguinha
Ao lado do trigo cacheado...
De repente, no norte da Itália, o céu escureceu.
E no terror da guerra Amália sobreviveu.

 

 

 


 

 

 
Poema publicado no livro "100 Grandes Poetas Brasileiros" - Edição Especial - Maio de 2015