Saionara do Nascimento Leão
Urandi / BA

Elos

Conte-me o que aconteceu. Sempre assim! Olhar expressivo típico de uma instigante menina! Não é tristeza, sim uma forma de captar com os olhos a vivência humana para poder descrevê-la. Vivenciamos encontros, você prometeu-me a lua!  Magoou-me tão repentinamente. As sementes que projetamos plantar ao invés de ternuras suplantaram momentos de loucura. Inesperadamente tudo acabou você não preponderou. Restaram marcas, desentendimentos. Tomada ou não, por decepções, ainda há espaço para o amor.
Por detrás de meus olhos sinto-me levemente atordoada, sobrecarregada, sem discernir nada, sou apenas uma garota ainda. Quanta deslealdade. O meu olhar denuncia. A máscara dissolve, a cortina se fecha ponho a abri-la, para que no silêncio, consiga concatenar as ideias, protelo, escrevo rabisco, mudo tudo em questões de segundo, aquilo que vejo do mundo. De mim, de você. Sem estar mudo! A cortina dos olhos pisca! A felicidade instaura, diante do inusitado. Contanto, a menina dos olhos teima em reluzir, conduzindo-me a agir com prudência. Vivências, inconveniências induz a um só caminho.
De acordo minha intuição, resolvo não complicar. Transformo-me em uma fortaleza, com uma visão ampliada acerca do mundo e das desilusões! Peço sabedoria, para aquele que não agiu com maestria! O lobo feriu-me e, inocentemente cair nas armadilhas. Acreditando que teria uma linda história, fui pega pelo conto do vigário.
Confronto-me com a realidade. Inebriada por falsas ilusões! Antes de dar uma sentença, surge uma palavra, uma postura emocional coerente, encarar as dificuldades demonstrando afetividade, para que as aventuras terminem em ternuras. Personagens do livro da vida são os olhos, para enxergar com destreza as proezas! Uma, duas, três, inúmeras vezes, este conto se repete em minha vida entre um set e outro. Fica a indagação, o que te impedes de contar-me um conto? Conte-me tudo, o porquê vivo a mesma história!