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André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

Fim do horário de verão

 

Uma aurora, hoje, nasceu mais cedo
Derramou luz sobre os mesmos segredos...
Ao instante vindo, outro se fez lindo
Da escura madrugada se consumindo...
Formulou o ar novamente um vento
E as mentes novos pensamentos...
Mas, talvez sobre os mesmos temas
E trazendo deles os antigos dilemas...
Um botão se fez rosa e, indiferente
O humano passou com o passo urgente...
Uma folha desprendeu-se de pequeno arbusto
Pelo vento elaborado e, com algum custo,
Lentamente foi depositando-se num rio frio
Aceitando o seu destino como um desafio...
Tudo e todos mergulhados nos instantes
Caminhando, parando, caindo, erguendo-se, adiante...
Consciência hoje do que ontem aconteceu
Nos faculta experiência para um novo eu...
Deposita o passado na sua lembrança
Encontrando-se o Homem na sua criança...
E o futuro? É o livro em branco a nossa espera
Se estendendo a nossa frente pela terra...
"Alegria" faz o Homem esquecer-se e o semelhante
Muitos risos, gargalhadas fazem surdos semblantes...
E perdido fica o dia, às horas, aos segundos, no agora
Esperando outra noite encontrar uma nova aurora...
Vem, portanto, a rejeitada amiga... A dor!
Vem ferindo o coração, e a razão em chaga expor...
E o ser em sofrimento a hora mais extrema
Reescreve sua vida... E o poeta outro poema
Cicatrizam as feridas, calam na batalha o fragor
Fazem versos e caminham com profundo amor...
Para o mundo regenerador... (Regenera)dor...


 
 
Conto publicado no livro "Contos Livres" - Abril de 2016