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Renata Emily Fonseca Rodrigues A menina da lanterna azul Reza a lenda que na BR 101, no trecho entre Angra dos Reis e Paraty perambula uma menina de uns doze anos, cabelos pretos e olhos castanhos claros, com uma lanterna de farol azul na mão, que pede auxílio aos motoristas que transitam nesta rodovia. Tenho acompanhado nos jornais, notícias de mortes misteriosas de motoristas, e às vezes famílias inteiras no trecho descrito, e suponho que nossa personagem principal tenha sessenta por cento de culpa no cartório quanto a essas tragédias.Sei que está curioso(a) para saber o que o aposentado Sr. Benedito , nos relatou, portanto vou narrar: Duas horas depois, ao chegar num local chamado Sertão do Taquari, avistei uma menina se arrastando de dentro de um matagal, e parei o carro no acostamento para ajudar. Mal sabia que a minha agonia ali seria espantosa e iria começar. Ao levantar a menina vestida com uma roupa branca, de cabelos um pouco desgrenhados, com o canto da boca sangrando, e que chorava bastante a levei ao carro para ajudar, tirá-la dali, e fui perguntando o que ocorreu. Nesse momento os olhos da garota foram virando, a íris sumiu, e surgiu daqueles globos oculares apenas a parte branca. Eu estremeci ,fiz o sinal da cruz , chamei em pensamento todos as proteções que conhecia para que intercedessem por mim. Os dentes dela se transformaram em presas como as de um vampiro, as unhas ficaram grandes e aquele demônio veio em minha direção para atacar-me.... Pensei : Naquele momento estava claro para mim que a garota não tinha boas intenções, então lembrei que tinha uma corrente embaixo do banco do motorista, era do Jim, meu cachorro. Rapidamente peguei-a passando pelo pescoço dacriatura mais horripilante que eu conheci em sessenta e cinco anos de vida. Meu carro bateu num poste mais à frente, logo após a curva, e com a cabeça sangrando ia perdendo os sentidos quando apareceram 3 pessoas e me colocaram num palio. Por sorte, destino ou sei lá o que me levaram ao Hospital D. Pedro - o mesmo em que o meu neto e o meu filho estavam, e assim pela graça de Deus me livrei da filha do demônio em pessoa. |
Publicado
no livro "Contos Fantásticos" - Edição
Especial - Maio de 2015 |
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