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Francisco Martins Silva
Uruçuí / PI

O conto de Narcisa

 Numa manhã de outono, lá perto do lago das Laranjeiras, bem no amanhecer do dia, no nascer do sol em meio à brisa matutina, já se encontrava com o rosto refletido na água, Narcisa, menina inquieta, curiosa, que nas horas vagas gostava de refletir, perguntar-se, olhar-se no reflexo da água do lago, imaginando belas histórias.
Narcisa  passava grande parte do dia a trabalhar nos afazeres domésticos e cuidando das plantas e dos animais do sítio em que morava com a sua avó. Ainda criança, pouco ia à cidade e só frequentava a escolinha perto do sítio. Mas eram nestas horas vagas, naquele exercício de olhar-se no reflexo da água do lago, que ela meditava sobre o porquê das coisas, entretendo-se naquela viagem da imaginação e criando suas historinhas. Depois, então, Narcisa retornava ao sítio apressadamente e compartilhava com a sua avó aquela brincadeira, aquele hábito que desenvolvera, contando as historinhas para sua avó. E assim, observando as reações da sua avó já bem velhinha, que a sábia menina passou a criar e contar para ela todos os dias. Narcisa lembrava-se de quando bem mais pequenina ouvia as histórias contadas pela avó, e agora retribuía  à sua bela vovó com as mágicas fábulas e sonhos que ela aprendera a criar nas suas horas no lago.

   
Publicado no livro "Contos de Outono" - Edição Especial - Junho de 2015