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Marcio Kaio Ramos dos Santos
Macapá / AP

 

Alforria

Lembro-me do tempo em que eu era escravo
Não pela cor da pele, mas por culpa do amor.
Perseguido eu não podia passear ao vento
Apenas deveria respirar sem nenhum lamento.

Como o tempo passa e nós sempre desatentos
Não percebemos que se acabaram os maus tratos
O amor que me alienou se despede e vai embora
Deixando-me perdido neste mundo que apavora.

As correntes que me lembravam da escravidão
Foram quebradas, não por Isabel, a princesa,
Mas pela fuga dos momentos sem destreza.

Eu, amado sufocado era explorado, mas só ria,
Adorava ser objeto de uso de quem eu pertencia
Porém, agora choro, pois ganhei minha alforria.



   
Poema publicado na Antologia "Dia Nacional da Poesia" - Edição Comemorativa - Maio de 2014