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Jefferson Nogueira Fernandes
Rio de Janeiro / RJ

 

Purgatório

Sabe aquele momento quando a esperança está ausente?
A crença de que o paraíso não é real?
Quando se entrega a angústia como se fosse uma amante?
O lado obscuro me seduz deixando-me bem em estar mal

Estou cego e vivendo na escuridão
Me encontro vivo, mas não consigo respirar
Não consigo me ouvir e nem escutar minha oração
Vivendo em purgatório que decidi chamar de lar

Aspirando as cinzas de que restaram da floresta
Pelo fogo do ódio humano que destruiu a paisagem
A depressão tomou a alegria que me resta
Tornando meus pesadelos em uma íntima camaradagem

Estou abraçado com a dor
O pior que já me acostumei
Agregando em um local onde me causa terror
Lugar distinto onde infelizmente cheguei

Talvez, possa ser apenas um terrível sonho
O problema é que não consigo acordar
Se for, gostaria de acordar desse pesadelo medonho
Desse purgatório que decidi chamar de lar

 

 


 

 

 
Poema publicado no livro "De Verso em Verso" - Edição Especial - Abril de 2015