José Everaldo de Araújo
São Paulo / SP

Tempos de angústia

Agora dizes que me amas
Depois já de tudo acabado
Dizem... que choras e me chamas
E que passas noites acordada
Por quê  te entregas agora
E ages assim desse jeito?
Tu mesma me mandaste embora
Ferindo de morte o meu peito,
Foi tanto amor, que a ti dei
Dias e noites sem cessar
Mas de ti mesmo o que ganhei
Foram lágrimas para chorar
Por que não me deste valor
Quando ainda estavas comigo
Te implorei tanto por amor,
Mas só me davas castigo
Porém, o destino se encarregou
De um dia a ti poder mostrar
Que a balança que a ti pesou
A mim não deixaste pesar
Eu só guardo agora comigo,
Lembranças boas que ficaram
Mas as marcas do meu castigo
Esquecerei,  pois já passaram
Não te quero mal... meu amor
És quem eu amei um dia
Respeito, agora  a tua dor
Mas te amar não mais poderia.