Varenka de Fátima Araújo Garrido
Salvador / BA
Em uma certa meia-noite
Josefina namorava de noite quando o sol arranca toda luminosidade.
De costume, sempre com um baralho de cartas que ela folheava; um santuário que olhava de vez em quando com tristeza, banhada na fria solidão, esperando um homem para um acerto no amor.
De súbito batem à porta, ela abre e fita o homem perplexa, ele tinha o corpo peludo, o rosto todo coberto de pelos, aquele tipo que nasce com uma rara aparência.
Ele com um olhar aveludado: - Vim, só para amar você, beldade.
Ela balbuciou tristemente: - Pode entrar.
Em poucos passos estão na cama, ele penetra com furor, com todos os amassos.
Ela desfalece; o corpo inerte. a coitada tinha tido uma parada cardíaca no ato do amor.
O homem ao perceber que ela não respira, desesperado, foge na escuridão da meia-noite.
|
|
|
|
|