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Neiva Terezinha Paludo Chemin
Pato Branco / PR

 

Suíça: um sonho real

Manhã de vinte e dois de maio. Para Gabrieli um dia especial, pois, seguia rumo à Suíça. A estrada cheia de curvas e de longos túneis era tranquila e muito bem conservada.
Cruzando os Alpes, ia feliz num inesquecível passeio. Contornando montanhas cobertas de neve em seu cume, admirava a cena paradisíaca.
O sol brilhava intensamente, dando uma cor dourada em toda sua extensão. Paisagem fantástica, belíssima... Cenário de raríssimo esplendor. Uma beleza natural, difícil de a jovem descrever.
Paraíso terrestre... Depois de chegar a Weggis, Gabrieli segue num inolvidável passeio pelo Monte Rigi. Na altura de mil e quinhentos metros, desfruta das charmosas vistas Alpinas, num almoço típico do lugar. Dali avista a piscina de cristais refletindo o céu azul e a solitária nuvem que mansamente passava.
O relógio bate quinze horas quando Gabrieli começa a descer a montanha no trem vermelho e amarelo. Neve no topo, grama bem verde e aparada em toda descida e, lá embaixo, o Lago dos Quatro Cantões.
No final do trilho, sai rapidamente do trem e embarca em um grande barco que estava à espera dos passageiros e pronto para partir.
Lago dos Quatro Cantões, Lago de Lucerna formado pelas geleiras alpinas. Fantástica aventura no azul turquesa dessas águas profundas. Incomparável maravilha!
O silêncio do lugar só era quebrado por embarcações que levavam de um canto a outro, crianças de escolas e turistas.
O lago parecia mágico: em toda a sua extensão, perto das margens muitos cisnes deslizavam a bailar, num encantamento de sonhos...
À tardinha Gabrieli chegou à cidade de Lucerna. Hotel muito lindo! Na fachada, em todos os andares floreiras repletas de gerânios vermelhos.
A beleza da decoração interior, as escadarias, os tapetes, as cortinas, o toque do azul nobre e os inúmeros lustres de cristal, impossível descrever.
Anoitecia... Gabrieli foi até a janela, debruçou-se no parapeito... A sua frente deslizavam as águas do rio Reuss...
Deslumbrada, ao olhar para o lado do hotel viu as casas simplesmente harmoniosas, silenciosas, belíssimas: cenário de paz e nostalgia com o chuvisco que começava a cair.
As badaladas do relógio anunciando meia-noite despertaram Gabrieli do deslumbramento que vivia.
Janela aberta... Cortina branca de voal, levemente a dançar com sopro suave do vento...
Silenciosamente Gabrieli dirigiu-se até a cama, deitou-se sobre os alvos lençóis e dormiu sonhando com a neve, as montanhas, os fiordes, os lagos, os cisnes, os gerânios, enfim, todas aquelas belezas vividas naquele dia de esplendor.

   
Conto publicado no Livro de Ouro do Conto Brasileiro Contemporâneo - Edição Especial - Julho de 2015