João Francisco Lins Maciel Borges
Belém / PA

Poemeto a um fracassado

Lua que clareia a escuridez do pranto
E cicatriza as feridas ulceradas da vida,
Acalente toda alma triste e corrompida
Dilacerada de tanto amor e desencanto.

Noite que não convive com a desvalia
Descanse em seu seio o ébrio amigo
Que, vazio de amor, amante e abrigo,
Fez da sarjeta imunda a sua moradia.

Dono do céu, dê-lhe proteção e glória,
Levante-o do chão com seu braço forte,
Não permita que o leve cedo a morte
Enquanto não içar o laurel da vitória.