José Vicente Neto
Pratápolis/MG

José


Agora seu Carlos,
qual Jó
sou refeito,
marcho.

Duro,
não morro.
Estou cansado,
não dizimado.
Não gemi,
não gritei.

Agora seu Carlos,
a porta se abriu,
as feridas secaram,
a dor...
que dor?

Seu Carlos, agora
febre não há
e a palavra é doce.
O amor rebrotou.

Toda a perda acabou,
o dia chegou,
a noite enluarou,
a utopia voltou
e tudo refeito
e tudo de novo
e tudo novo.

Agora seu Carlos,
protesto precisa
versos são vida
sem nome ainda sou
mas eterno
enquanto vivo.