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Sandra Berg
Belém / PA

 

A escola

O amor transparece na dor de viver,
Amar é sentir profundo na carne, na alma, é nunca entorpecer.
É ver na simplicidade a vida que pulsa e não se evade
Quando nos aprimoramos e ajudamos outros a crescer.
Numa aldeia em Botsuana, Lilongwe, Yaoundé,
Em Teerã ou Katmandu, no Timor e são Tomé,
Da faixa da Palestina aos bolsões de Bombaim
Dos escombros do Haiti, vielas de Santo Domingo,
Campesinos e assentados da América Latina,
Do Oiapoque ao Chuí, Corumbá e Piauí,
Cidade de Deus, favelas dum Rio de Janeiro,
Da Amazônia em palafitas ao grande sertão brasileiro.
Todos os dias crianças franzinas batem perna
Percorrendo aldeias, morros, estradas de poeira, para poderem estudar.
Elas contam com o nosso apoio, compromisso, solidariedade,
Na luta em desigualdade nessa maratona sem fim.
Aprender para poder surgir o educador, cientista, médico, artista,
Engenheiro, advogado, escritor, jornalista, toda profissão é mui digna,
Se for para ser partilhada e ajudar a mudar outras vidas.
Em todos os cantos do planeta a vida está sempre se reciclando.
Uma voz se ergue acima da injustiça, da barbárie e dos ideais palacianos,
Quando uma criança rabisca no branco do caderno
E o homem vence seu maior adversário: A ignorância.
Que as escolas possam estar mais próximas de seus jovens,
De suas aspirações de sua realidade,
Fazendo ponte entre o homem e sua história.
E que nenhuma desconheça no rebento seu
O elo na transformação da sociedade.

 

 


 

 

 
Poema publicado no Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea - Edição Especial - Julho de 2015