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Arlindo Alberto Pereira Tavares
Rio de Janeiro / RJ

 

Nossa humanidade

Para uns, difícil de esquecer
Para muitos, difícil de lembrar
A fome que não nos faz sofrer    
A mesma fome que parece não mais incomodar    
Aquela fome que parece transparente
Não qualquer fome
Mas a desumana fome
Que só o outro sente

Em algum lugar de nosso caminhar
Nossa sensibilidade se perdeu
Nosso amor ficou ausente
Nossa mente endureceu
A nossa infância foi perdida
A nossa mente foi iludida
Pela vaidade foi corrompida
Pelos interesses foi corroída
E esquecemos do social
Nos enraizamos ao individual
Os nossos são agora a nossa coletividade
E por fim reclamamos de nossa sociedade
Mas nos esquecemos
Que somos nós mesmos que a mantemos
E que em uma sociedade
Em que o “nós” 
Tem quase somente o “eu”
Precisamos valorizar o “vós”
E reconstruir nossa humanidade

 

 


 

 

 
Poema publicado no Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea - Edição Especial - Julho de 2015