André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ
Esses meus cabelos brancos
Esses meus cabelos brancos, cada fio um desengano...
Ou um fio de experiência?
Eis na vida uma ciência, que se faz por ser humano
Quando passam nossos anos...
Esses meus cabelos brancos, numerosos não são santos
Mas, também não pecam tanto...
Moldam rosto feito um manto, aparecem por encanto
Esses meus cabelos brancos...
Esses meus cabelos brancos, já tiveram outra cor
Quando ainda jovens fios...
Fontes, córregos aos rios, se alargavam em seus planos
Hoje seguem sem rumor...
Esses meus cabelos brancos, já são tantos a levar
Com os "causos" desta vida...
Ficará descolorida, se os seus fios eu pintar
Desses meus cabelos brancos...
Esses meus cabelos brancos, tolerando meus defeitos,
São o Mestre a me educar...
No trabalho, no meu lar, removendo preconceitos
Esses meus cabelos brancos...
Esses meus cabelos brancos, acompanham meu cortejo
Do passado ao presente...
Se preciso os protejo, eu os moldo com meu pente
Esses meus cabelos brancos...
Com os meus cabelos brancos, penteados... Vou seguir
Até quando o sol deixar...
Quando meus cabelos brancos, numa noite de luar
Ver no fim a porta abrir...
Vou fechar na madrugada, o portal da minha estrada
Com os meus cabelos brancos...
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