Lucia Celeste V. Barbetta
Rio de Janeiro / RJ

Descalço

A chuva bem forte
Molhou o caminho.
Com os pés meio sujos
Sentei-me no chão
E livrei-me dos espinhos.

Corri pelos campos,
Já limpo os pezinhos,
E encontrei pedras duras
Que os feriram um pouquinho.

Para protegê-los, preciso sapatos,
Preciso sandálias, algum artefato.

Também minha alma fica machucada,
Se exposta aos ventos e sem proteção.
Precisa de amparo, precisa ser forte,
Precisa de amor para lhe dar suporte.

Se anda descalça,
Eu rezo aos céus que envie esta graça.