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Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 


Luzindo que nem diadema

 

No poente o sol
Esconde a sua luz,
E de logo me induz
A caminhar no rol
Dos que decentemente
Degustam os sabores
Advindos dos labores
Exercidos legalmente.
Em seguida a negritude
Dar-me a pura solidão,
E o meu amigo violão
Recheado de atitude
Evade-a com destreza,
Tocando a melodia
Que ao fim de cada dia
Componho sobre a mesa.
Então descalço na noite,
Haja vista serena,
A notável pequena
Solta a voz em açoite,
E a "Taberna-Lisboa"
Abre-se repentinamente
Superlotada de gente,
E nos aplaude numa boa.
Encanta este poema
A musa do "Fado Luzitano".
Eu juro ser engano
Ter alguém o seu esquema;
Pois, o mesmo, foi com ela...
Luzindo que nem diadema.

 

(À Rainha do Fado luzitano Amália Rodrigues)


 


 

 

 
Poema publicado no livro "Poemas Descalços na Noite Serena - 2015" - Edição Especial - Fevereiro de 2015