Núbia Cavalcanti dos Santos
Sanharó / PE

Noites de tormento

Lá fora, a escuridão é imensa
Acariciada pela brisa serena
Que se dissipa lentamente
Enquanto a madrugada desponta
Trazendo com ela os primeiros raios de sol
Que surgem timidamente no horizonte.

Mais um dia que se inicia
Após outra noite de tormento
Onde o tique- taque do relógio
Avisa que o tempo não para
E cada segundo parece uma eternidade
Quando a espera é em vão.

Mais uma vez, meu coração amargurado
Não consegue conter o desespero
De mais uma noite de abandono
E as lágrimas jorram dos meus olhos
Assim como as águas que brotam
Da nascente de um rio caudaloso.