Romilton
Batista de Oliveira
Itabuna / BA
Apoético
Há uma poesia pronta esperando por você
na estrada da vida
Há uma poesia que se liberta quando dela nos apropriamos
Ela permanece pura, em seu canto único, sem aprisionamentos
Ela toca nos seres que amam viver construindo castelos de palavras
De todas as cores, de todas as formas, de todos os amores
Ela é exigente e aceita ser explorada por todos os corações
sensíveis
Mas rejeita ser explorada por mãos que não são
feitas de barro e de sonhos
Ela é a paquera de todas as horas
Porque com ela você abre caminhos e descobre novos sentimentos
Arruma novas palavras para tornar a vida mais sentida
Mais criativa, significativa e autônoma.
Sem esta "chama" que nos torna mais humanos
O mundo tornar-se-ia um lugar inabitável
Sem cor, sem forma, sem cheiro, sem verso, sem nada.
A poesia faz o mundo ser o que ele é
Repleto de mundos dentro de um só espaço
Repleto de cores dentro de um só compasso
Repleto de sonhos dentro de um só palhaço
Que ri de suas lágrimas em um só passo
E medida em seu próprio laço, o seu fino traço
De quem viu na híbrida praça
O seu destino ser traçado pela traça,
Na taça de quem acolhe e abraça
E depois de tanta graça que acolhe a poética valsa
Dança como quem vence o vencedor na taça da graça...
Eliminando da vida o resto, o nada, o apoético.
(Poema em homenagem a minha amiga Jully Ribeiro, uma inesquecível
aluna que fez diferença em minha jornada acadêmica)
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