Roselena Salgueiro Ruivo
Belém / PA

Como é doce ser criança!

E em mais uma manhã ensolarada, lá ia a doce menina, ladeira acima, como sempre fazia, cumprimentar seus amigos, os pássaros.
Parecia que eles compreendiam sua necessidade de estar na presença deles, a cumprir tal ritual.
Quando chovia, a doce menina entristecia, pois sabia que seus amigos pássaros buscavam outras paisagens, parecendo tê-la esquecido.
Quando o sol aparecia, bordava um dia apinhado de cores e luzes tornando o céu um cenário enriquecedor. Tudo isso embalado pelo canto uníssono e encantador dos passarinhos.
Vez por outra, ela subia nas asas de um deles e voava até o azul do céu. Não tinha medo de cair. Com eles sentia-se segura, feliz em seus devaneios. Com eles ela ousava voar. Com eles ela criava asas. Com eles ela sonhava. O sonho tinha asas. As asas da imaginação.
Mas a viagem acabou, hora de voltar à realidade.
E a menina acordou... Do sonho
Mais uma vez o sonho se repetira...
Ou seria a mesma fantasia?
Como é doce ser criança!